UMA CASA LEGAL É OUTRA VIDA

Conter o alastramento da construção ilegal tornava-se ainda mais difícil quando se observava um elevadíssimo défice de habitação. Este défice estava estimado em meio milhão de habitações em 25 de Abril de 1974. Aliás, era então usual, os casais jovens ficarem a viver em casa dos pais de um deles por não haver casas para arrendar e a venda com recurso ao crédito bancário ainda não se ter tornado moda.O crescimento do poder de compra da generalidade dos portugueses “empurrou-os” para a solução fácil, solução que o tempo mostrou, na maior parte dos casos, ter sido muito mais onerosa. E, não obstante a clareza da mensagem, de pouco valeram os anúncios publicados na imprensa, em meados de 1977, a desincentivar a opção pelo ilegal.
"Portugal não pode transformar-se num país de Habitação Clandestina é preciso Agir e Urbanizar!"
"E urbanizar é conceber e projectar o local exacto para construir. É abrir a rua. Colocar o esgoto. Ligar a água e a luz. É pensar na creche, na escola e no jardim. No antes e no depois. Nos transportes à porta. Nos equipamentos. Nas zonas de comércio e convívio. É construir legalmente para uma vida melhor. Para si. Para a sua família."

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