A Quinta do Conde e o folclore


Os pioneiros que nos anos setenta e início da década de oitenta demandaram a Quinta do Conde tinham as proveniências mais díspares: Uns vinham do interior do nosso país; outros das cinturas industriais; e outros ainda, a terminar experiências na área da emigração.
Não conheciam os vizinhos que o acaso lhes colocou ao lado, mas vinham cheios de vontade de fazer coisas: A habitação própria em primeiro lugar e os equipamentos colectivos logo a seguir. Recorde-se a construção de colectividades, escolas, a participação nas opções urbanísticas, etc.
Quanto às actividades recreativas, culturais e desportivas em que se envolveram, o folclore, pelo que deu para o enraizamento e socialização dos quintacondenses deve ser destacado.
A primeira experiência folclórica de que há notícia ocorreu em 1983, nos extintos Leonenses, com a criação do Rancho Folclórico Infantil “Estrelinhas dos Leonenses”. O grupo actuou em vários locais durante mais de um ano e, a seguir extinguiu-se, antes da constituição do prometido rancho adulto. Este surgiu, com alguma surpresa na Igreja de Nossa Senhora da Esperança. Este transformou-se, poucos meses depois, em três grupos folclóricos na Quinta do Conde, correspondentes às sensibilidades existentes e que foram o Grupo Folclórico da Freguesia da Quinta do Conde, o Rancho Folclórico da Associação para o Desenvolvimento da Quinta do Conde e o Rancho Folclórico Regional da Quinta do Conde, este posteriormente designado por Grupo Etnográfico de Danças e Cantares da Região de Sesimbra. O Grupo Folclórico da Freguesia da Quinta do Conde suspendeu a actividade em 1991 e no seu lugar surgiu, em Outubro de 1993, o Grupo Folclórico e Humanitário do Concelho de Sesimbra. Este e o Grupo Etnográfico de Danças e Cantares da Região de Sesimbra continuam activos. O Rancho Folclórico da Associação de Desenvolvimento da Quinta do Conde extinguiu-se em 2002.Noutra vertente do folclore, a do canto coral, foi constituído em 1996 o Grupo Coral A Voz do Alentejo na Quinta do Conde e deste modo preenchida uma lacuna, dada a forte predominância alentejana dos pioneiros.
Vítor Antunes

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