Independentemente do resultado das eleições para os órgãos das autarquias locais que estão a decorrer, importa reter, da campanha eleitoral que precedeu a votação de hoje e no que concerne à Quinta do Conde, duas posturas distintas: Observámos uma postura pessimista e miserabilista encabeçada pela direita (PSD) e estrema esquerda (BE) e uma postura de reconhecimento pelo trabalho realizado, perspectivando o futuro com confiança, protagonizada pela CDU.
Dos primeiros, uns falavam em “dignificar a Quinta do Conde”, logo eles os que dizem e escrevem reiteradamente “Aqui vamos nós…! Esquecidos até quando?”, pouco mais fazendo que lamentar a sorte. Já os outros afirmam ver(?) “Sesimbra sempre com outros olhos”. E na verdade vêem! Vêem com olhos vendados, que é como quem diz, não vêem nada. Ou, melhor dizendo, não querem ver, nada do que foi feito nas últimas três décadas, por isso continuam a dizer e a escrever “Na Quinta do Conde falta tudo.” Se alguém lhes diz que não é bem assim, passam do oito ao oitenta e perguntam. “Então a Quinta do Conde já tem tudo?”…
A atitude optimista da candidatura da CDU foi justificada na evolução que a Quinta do Conde registou nas últimas três décadas. Neste contexto, impõe-se reconhecer a atitude vanguardista da Câmara Municipal de Sesimbra que ao abrir uma delegação na Quinta do Conde, deu um sinal claro de envolvimento e comprometimento no processo de recuperação urbanístico que começava a dar os primeiros passos. E a verdade é que, nestas três décadas, com especial enfoque nos últimos quatro anos, a Quinta do Conde progrediu ao ponto de se tornar ela sim o centro nevrálgico da região, deixando para trás localidades centenárias como Azeitão e Coina.
Houve tempos em que a atracção das regiões limítrofes se confinava às compras nas grandes superfícies comerciais mas hoje já não é só isso. No Parque da Vila é frequente encontrar residentes de outras freguesias; a programação cultural já atrai pessoas; o Cartório Notarial da Quinta do Conde realiza muito trabalho para o exterior; percentagem significativa de comerciantes da Quinta do Conde reside nas freguesias contíguas. Acresce que ainda ontem (dia 10 de Outubro) se realizou em Sesimbra, no Cine-Teatro Municipal o “3.º Encontro dos Sons de Sesimbra” com as participações do Grupo Coral A Voz do Alentejo na Quinta do Conde, Grupo de Cavaquinhos da Quinta do Conde, Batucadeiras de Coração Aberto e grupo de hip-hop MG BOOS. Este espectáculo provou que o anunciado futuro da Quinta do Conde já está presente.
Vítor Antunes
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