AMINETU HAIDAR: UM NOME, UMA IMAGEM



Ao regressar dos Estados Unidos, onde fora receber o Prémio Coragem Cívica da “Train Foundation”, Aminetu Haidar escreveu nos documentos de embarque “Sara Ocidental” e ao chegar ao aeroporto de El Ayoun, as autoridades marroquinas retiraram-lhe o passaporte e obrigaram-na a embarcar num avião com destino a Lanzarote, nas Canárias (Espanha). Neste aeroporto Aminetu Haidar recusou um passaporte espanhol (porque isso significava na prática perder a sua própria nacionalidade), recusou pedir perdão ao Rei de Marrocos, e recusou muitas outras exigências em troca do muito pouco que exigia: regressar ao seu país, à sua casa, abraçar a mãe e os filhos. Ao fim de 32 dias de luta intensíssima e dramática a força da razão (e a coragem de dar a vida por ela) venceram as razões da força. O regime marroquino, ditadura disfarçada de multipartidarismo, vergou-se à vontade da cidadã saharauí, que sobrepôs a tudo a luta do seu povo pelo direito a viver livre e independente na sua própria terra. O mundo conhece mais uma heroína.

0 comentários:

Enviar um comentário