Abordar "O Carteiro" pode levar, sobretudo os menos jovens, a pensar em dois temas distintos: a profissão de distribuir "cartas" ou a velha canção do Conjunto António Mafra. Relativamente à profissão, com toda a sua singularidade e especificidade, observa-se que não regista, no seu exercício, transmutações significativas.
Da popular canção ficou a parte final do refrão (O carteiro não tem culpa é a sua profissão). Eis mais alguns versos para a recordar:
Manhã cedo segue a marcha
sempre na mesma cadência
e lá vai de caixa em caixa
metendo a correspondência
para uns são alegrias
para outros tristezas são
o carteiro não tem culpa
é a sua profissão.
Chegou o carteiro
das nove p´ras dez Chegou o carteiro
a vizinha do lado
de roupão enfiado
chegou-se à janela
em bicos de pés
e logo gritou:
"Traz carta p´ra mim?"
e o carteiro que é gago
espera um bocado
e responde-lhe:
"Não não não não não
não não não trago nada
só só só só só
só trago o pacote da sua criada"
E o sr. Roque desespera
pelo vale que nunca vem
vai sentindo infelizmente
como faz falta o vintém
para uns são alegrias
para outros tristezas são
o carteiro não tem culpa
é a sua profissão
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