O povoamento da Quinta do Conde começou no início da década de setenta, com o parcelamento clandestino duma propriedade rústica - um imenso pinhal - e consequente venda de lotes onde os novos proprietários construíram as suas moradias. Teve portanto génese ilegal e foi um dos resultados da enorme crise habitacional que o nosso país enfrentou nos anos setenta. Pertence ao concelho de Sesimbra e situa-se no centro da Península de Setúbal. A freguesia com o mesmo nome foi criada em 1985 e comporta, além da sede, os núcleos urbanos designados por Casal do Sapo, Fontaínhas e Courelas da Brava. Em 1995, por reunir todas as exigências legalmente estatuídas, foi elevada à categoria de Vila.A Quinta do Conde foi a freguesia que em Portugal registou, em termos relativos, o mais acelerado crescimento demográfico, conforme evidenciou o Instituto Nacional de Estatística quando publicou os resultados do XIV Recenseamento Geral da População. A população residente passou de 7958 residentes, em 1991, para 16389, em 2001. O número de inscritos no recenseamento eleitoral constitui outro elemento indicativo, embora seja consensual a afirmação de que peca por defeito, pois conhecem-se muitas famílias que preferem manter-se recenseados nos locais de origem, devido a vários factores, designadamente a assistência médica. Na Extensão de Saúde da Quinta do Conde, apesar do insuficiente quadro de recursos humanos que desmotiva a transferência, estavam inscritos em Abril de 2005, 16.487 utentes. Actualmente, o crescimento da população resulta, sobretudo, do considerável número de casais jovens que se instalam na freguesia. Por outro lado, não pode ser ignorado um significativo extracto da população constituída por reformados, pensionistas e idosos, com acentuada dependência de cuidados assistenciais e reduzido poder económico. Factores a ter em consideração na equação das necessidades e consequente resposta em cuidados médicos de prevenção, cura e reabilitação.
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